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Paulo Freire depois de junho de 2013

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  Em agosto de 2016, em uma entrevista para a revista Caros Amigos , às vésperas de sofrer definitivamente o impeachment , ao ser perguntada sobre o marco de junho de 2013 para a virada direitista no país, a presidenta Dilma Rousseff (2016, p. 16) foi bastante cautelosa: “Não acho que 2013 seja um antecedente disto que está acontecendo hoje”. Foi a primeira pergunta de uma longa entrevista. Registra-se a angústia que as manifestações de 2013 causaram nos anos seguintes, a forte suspeita que tudo foi obra de uma manipulação que dirigiu manifestantes desprevenidos. Apesar da alta ansiedade do instante político, Dilma manteve-se serena, sem negar, contudo, que toda a inquietação dos protestos tenha sido lida e apropriada pela direita. O significado de junho 2013 constitui um debate que ainda não terminou, contando com uma bibliografia já significativa e também documentário para o cinema . Apesar da obra aberta que ainda é, junho de 2013 deu forma a uma linha divisória, a uma referência