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Mostrando postagens de setembro, 2018

Ato/r criador - Educação e arte popular como leitura de mundo em Paulo Freire

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Depois de assistir às apresentações de tantos artistas na mesa [1] , estou aqui pensando como vou me virar, afinal sou apenas um professor. Mas aí eu já posso citar Paulo Freire (2011, p. 45) que disse no seu livro Cartas á Guiné-Bissau : “o educador é um político e um artista”. Então eu também posso me sentir um artista para conversar aqui com vocês.  Por outro lado, gostaria de iniciar a minha participação observando que para o candidato com a maior intenção de votos na eleição presidencial, Paulo Freire precisa ser expurgado da educação brasileira. Fonte: Proposta de Plano de Governo do candidato fascista, página 46. A ignorância do candidato Bozo sobre a educação brasileira é notável. A má fé também. A questão que realmente importa é a seguinte: Por que a investida autoritária contra Paulo Freire agora?                  A propósito, há um episódio biográfico sobre Paulo Freire que é oportuno lembrar agora. Quando foi preso após o golpe de 1964, em uma ocasião foi pro

Ferrugem

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Ferrugem , de Aly Muritiba, ainda está em cartaz no Rio de Janeiro, em Botafogo, no Estação NET Rio. É aquilo que muitas vezes observo aqui no blog, os cinemas de shopping espalhados pela cidade mostrando os mesmos filmes sem muita importância e um reduzido número de salas, entre o centro e a zona sul, mostrando filmes que fazem realmente a diferença. Ferrugem foi escolhido melhor filme nacional do Festival do Cinema de Gramado, mas muitos nem sequer vão saber sobre a produção. Como professor, lamento muito porque o cinema nacional mais recente tem exibido filmes bem interessantes para pensarmos sobre desafios da profissão e da própria educação para a sociedade brasileira. O cinema também faz parte das nossas redes educativas e da formação de educadores, inclusive. No entanto, é um cinema para uma população exclusiva que pode frequentar as salas localizadas nas áreas mais nobres da cidade. Como educadores, precisamos nos apropriar do melhor cinema, mostrá-los em espaços mais

O Orgulho

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O cinema é uma das vozes da educação. Com ele ampliamos nossas interlocuções como educadores. Assistir a um “filme de escola” é uma formação que realizamos através do audiovisual. De um modo geral, o cinema é ele mesmo uma pedagogia da imagem. E como qualquer outro processo formativo, não somos meros espectadores, tudo submetemos a alguma crítica. Olhar é uma ação mais do que uma passiva recepção. Se vamos ao cinema assistir a um filme, a menos que a película nos faça dormir, a ancestral atração pelas imagens é uma fantasia que realizamos a partir do instante em que nos sentamos e saímos da escuridão absoluta quando a tela acende. Como qualquer cinéfilo, como professores estamos condenados a uma vida entre luzes e sombras também. Ir à sala de cinema nos ajuda a lidar com a penumbra da sala de aula. Dias atrás assisti ao filme francês O Orgulho , de Yvan Atall  A relação entre professor e aluno é um bom teatro para a projeção dos desafios comuns ao encontro das diferença