Postagens

Mostrando postagens de julho, 2016

Menino 23

Imagem
Pense em um documentário que narra uma história sobre nazismo e o destino de cinquenta crianças aprisionadas em uma fazenda, no interior de São Paulo. É o suficiente para levar você ao cinema. Agora, para os que trabalham com educação, imagine que esse filme tem início em uma aula de história, que o seu roteiro é baseado em uma tese de doutorado defendida na área de Educação e que essas crianças foram retiradas de um orfanato católico e entregues a uma família de nazistas. Estamos diante de um filme precioso, é claro. No ano de 1998, durante uma aula do professor Sidney Aguilar Filho, uma aluna conta que na fazenda da família, em Campina do Monte Alegre, foram encontrados tijolos impressos em relevo com a suástica nazista em uma construção já existente no local. O episódio na sala de aula deu início à pesquisa de doutorado “Educação, autoritarismo e eugenia”, apresentada por Sidney na Faculdade de Educação da UNICAMP, em 2011. É também como o filme começa.  Ainda em cartaz

Sob o olhar de Paulo Freire, retratos dos jovens nas escolas: imagens dionisíacas

Imagem
Este texto foi escrito para a minha participação na mesa “Juventudes Dionisíacas”, no dia 14 de julho, durante o I Seminário do Curso de Especialização em Ensino da Arte , que aconteceu na Casa França Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. I O movimento #ocupaescola foi um dos acontecimentos educacionais de maior relevância entre os anos de 2015 e 2016. Provavelmente foi também o movimento mais representativo do espírito das manifestações de 2013, quando tanta gente já se perguntava sobre os destinos daquelas jornadas, se elas não estavam esgotadas, à semelhança da luz fugaz de uma estrela cadente. Em contrapartida, as concepções mais republicanas e democráticas da educação sofrem ataques através de movimentos como “escola sem partido” e “escola livre”. Sobrou até para um dos mais importantes educadores do século XX e declarado patrono da educação brasileira: Paulo Freire – atingido nas ruas e nas mídias. Como sinal dos tempos, até Alexandre Frota foi recebido por