Esse vírus está discriminando a humanidade
Em O amanhã não está à venda, Ailton Krenak conta-nos que alguns engenheiros pediram a sua opinião sobre o uso de tecnologia para recuperar o Rio Doce, que fica na região que foi afetada pelo rompimento de uma barragem de rejeitos, operada pela mineradora Samarco, na cidade de Mariana/MG, em 2015. Em resposta, ele propôs parar todas as atividades humanas que recaem sobre o corpo do rio, a cem quilômetros das duas margens, até que o rio voltasse a ter vida. Um dos engenheiros respondeu que isso seria impossível. À negativa desta interrupção, e outras, no entanto, a pandemia respondeu com a suspensão das nossas vidas. “O mundo não pode parar. E o mundo parou”, diz Ailton Krenak. O amanhã não está à venda é um breve texto editado a partir de entrevistas que Ailton Krenak concedeu desde março de 2020, quando a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil. Publicação que é a nossa conversa agora, e sexto artigo que escrevo para a série Educação e outras conversas da quarentena para um mundo ...