Paulo Freire e Milton Santos: um encontro para a educação popular na contemporaneidade


Texto que apresentei na conferência de abertura do II Congreso Educación Popular y Praxis Social, ocorrido em 24 de setembro de 2014 na Universidade da Cartagena, em Cartagena das Índias, Colômbia






Pretendo apresentar uma discussão chamando atenção para as possibilidades de um encontro teórico entre dois intelectuais que estão entre os mais lembrados nas reflexões que hoje são realizadas sobre educação e sociedade brasileira. Sobretudo, nas análises que pretendem refletir sobre os nossos mais graves problemas sociais e os caminhos para superá-los. Embora, muitas vezes discussões sobre o país estacionem em estatísticas, com o propósito de melhorar os números, a lembrança do legado de Paulo Freire e também das contribuições de Milton Santos são boas companhias quando o desejado é discutir como chegamos até aqui e ainda problematizar o futuro, não em termos de avaliações quantitativas, mas implicados com a vida concreta das classes populares – a história de luta e as ambições de autonomia que guardam em seus cotidianos.

Para iniciar esta conversa com vocês, gostaria de recorrer a uma consideração do escritor Gabriel García Marques (2011, p. 26), que acredito muito oportuna: “A interpretação da nossa realidade a partir de esquemas alheios só contribui para tornar-nos cada vez mais desconhecidos, cada vez menos livres, cada vez mais solitários”. Desse extrato do seu pensamento, destaco a preocupação com os nossos “laços”. Dupla preocupação: 1)  os laços que nos atam diante de formas de poder que, a partir dos centros do capitalismo internacional e aqui também localizados através das elites locais, buscam a nossa submissão; 2) os laços que nos unem diante da solidão que instituições e empresas, que operando mundialmente com a globalização, gostariam de nos condenar.

A recorrência a um pensamento dirigido à nossa situação de povos latino-americanos e de pertencimento às classes populares faz parte, portanto, de uma dupla reação: não aceitar uma realidade colonial, imposta de fora e combinada com interesses aqui também estabelecidos, nem atravessar enfraquecidos pela solidão nossas lutas por emancipação. Necessário fortalecer a vida para emancipar-se, o que não é possível sem o reconhecimento do “comum” como princípio da própria política, e também da economia, da cultura e da sociedade. Exatamente uma concepção de pensamento original do continente provoca meu interesse de educador pelas obras de Paulo Freire e Milton Santos. Inclusive, a própria aproximação entre dois autores que não colaboraram entre si, profissional e intelectualmente, faz parte dessa motivação pelo pensar junto e pela realização coletiva.   

A obra de Paulo Freire é uma fonte segura para o estudo de muitas questões que desafiam a educação popular na atualidade. Seu legado ainda permanece atual diante do vivido no cotidiano de tantas escolas e das aspirações de inúmeros movimentos sociais. E mais, é também “multiforme”, aberta a tantos contatos para muitos caminhos. Não é uma obra com destino previsível. O caráter não terminal do seu pensamento permite enriquecê-lo através da sua aproximação com muitas outras produções teóricas também sensíveis ao apelo do contemporâneo pelo reconhecimento das transformações, das mutações e das criações.

A mais conhecida obra de Paulo Freire, Pedagogia do oprimido, foi escrita ainda no final dos anos sessenta do século que passou. Portanto, em um cenário político e cultural que já sofreu muitas alterações.  Entendo que sua leitura hoje, ao lado das suas obras posteriores, poderia se beneficiar de estudos mais recentes sobre a realidade econômica e social no mundo. É uma tarefa para os seus leitores, penso. É a partir da perspectiva do “intercâmbio” ou das “trocas”, que vejo como muito apropriada a correspondência do seu pensamento com o geógrafo Milton Santos, autor que nos deixou, entre outras contribuições, uma amadurecida e instigante análise sobre a globalização, vista do lado de cá, problematizada a partir da América Latina.

Uma das propriedades da educação popular é partilhar de uma concepção de mundo que é crítica diante do seu tempo. Uma teorização e uma prática sobre a educação que também discute a vida social e a cultura da sua época. Uma concepção de mundo torna-se influente e necessária através da sua capacidade de visualizar extensamente a realidade e o imaginário social do seu tempo. Para isso precisa estar em sintonia com o mundo, atenta aos processos de civilização e barbárie que rivalizam no planeta. Assim, uma concepção de mundo precisa de contatos, diálogos e misturas. Como disse Antonio Gramsci (1989, p. 12), para superar os conformismos das concepções de mundo que apenas expressam uma “consciência” já sedimentada nos grupos, é preciso “criticar a própria concepção de mundo (...), torná-la unitária e coerente e elevá-la até o ponto atingido pelo pensamento mundial mais desenvolvido”. Enlevo como oportunidade para “ver” mais largamente, assimilando questões que nascem de outros olhares.

Paulo Freire e Milton Santos tocam-se em uma estimulante zona de ideias, de pensamentos e proposições e, no entanto, a oportunidade desse encontro ainda encontra-se pouco explorado. A ideia de ver os dois autores juntos, nos ajudando a pensar o nosso tempo, não é inédita[1], mas trata-se de um virtual contato à espera de estudos e análises que acreditamos prometedoras na constituição de um pensamento social de interesse das classes populares, comprometido com a nossa contemporaneidade e radical necessidade de transformação – de um pensamento social brasileiro (e latino-americano) jovem. Olhar necessariamente atento à herança das condições históricas que amarram tantas capacidades, impedindo ou dificultando a fruição de pessoas e lugares e às emergências que precisam ser notadas, vistas e fortalecidas com coragem, para o bem da nossa própria época e da futuridade do século XXI.

Paulo Freire e Milton Santos compartilharam de experiências biográficas comuns, ainda que suas vidas não estivessem relacionadas[2]. Paulo Freire nasceu em Pernambuco, na cidade de Recife, em 1921. Milton Santos nasceu na cidade de Macaúbas, Bahia, em 1926. Portanto, os dois nasceram na mesma região do país (nordeste) e pertenceram a uma mesma geração de intelectuais. Conheceram a situação do exílio após o golpe militar de 1964 e, em decorrência, atuaram em vários continentes. No retorno ao país se fixaram profissionalmente em universidades de São Paulo (sudeste). Paulo Freire faleceu em 1997 e Milton Santos em 2001. Deixaram uma obra vasta e importante para a cultura brasileira. São também conhecidos em vários países e publicados em várias línguas. Estão entre os intelectuais brasileiros mais conhecidos no mundo.
O golpe civil e militar de 1964 vai tirar os dois do país por um longo período. Milton Santos retornará ao Brasil em 1977 e Paulo Freire, no ano de 1979. Milton Santos exercia a atividade de conselheiro no governo do estado da Bahia[3], quando é preso, em razão da sua participação política. Adoece e do hospital segue para prisão domiciliar. Amigos franceses (já havia estado na França pesquisando) ajudam-no com uma nomeação de professor na França, favorecendo sua saída do país. Segue uma carreira internacional prestigiada. Leciona em Toulouse, Bordeaux e em Paris, na Sorbonne. Nos EUA, trabalha no MIT (Massachusetts Institute of Technology) e mais tarde na Universidade de Columbia. Exerce atividades também no Canadá, na Venezuela, no Peru e na Tanzânia. É convidado para criar uma universidade nova na Nigéria quando decide retornar ao Brasil.

O golpe civil e militar de 1964 apanha Paulo Freire poucos meses após ter sido convidado pelo Ministro da Educação para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. No período, fazia parte também do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco. Paulo Freire já era bastante conhecido nacionalmente, especialmente em razão da grande repercussão de uma campanha de alfabetização de adultos realizada na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte, em 1963. Detido durante mais de um mês, acusado de subversivo e de mau uso de verbas da Universidade de Recife, interrogado e respondendo a vários inquéritos, Paulo Freire, temendo por sua segurança, asila-se na embaixada da Bolívia, seguindo depois para o país. Assim como Milton Santos, inicia uma vigorosa carreira internacional. Vai para o Chile e depois para os EUA, lecionando na Universidade de Harvard. Em 1970 muda-se para Genebra para ser consultor Especial do Departamento de Educação do Conselho Mundial das Igrejas (CIMI). Desenvolve, então, numerosas atividades na Ásia, Oceania, América e África. Retorna ao Brasil em 1979, estabelecendo-se definitivamente no país no ano seguinte. Trajetória que fez receber também muitas honrarias[4].

Um ano após o falecimento de Paulo Freire, Milton Santos realizará, no Brasil, a Conferência de Abertura do “IX Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino”[5], o que pode ser visto como um acontecimento singular. Notável que a organização do um dos mais importantes eventos da área de educação no país tenha convidado Milton Santos com destaque para o encontro. Reconhecimento que suas ideias ultrapassavam a seara da geografia e germinavam também em outras áreas do conhecimento. Afinal, discutindo os fundamentos da atual globalização, como deixar de aceitar as contribuições de Milton Santos para um exame das condições da educação na contemporaneidade?

Milton Santos (on-line) deu o seguinte título para a sua conferência: O professor como intelectual na sociedade contemporânea. O título escolhido já sugere a natureza das questões que desenvolveu e, sobretudo, mostra a própria acolhida que deu ao desafio lançado pelo convite. Diante do ofício de ensinar, estamos diante de qual sociedade? A situação dos intelectuais será a chave da abordagem de Milton Santos para aproximar os professores das questões candentes que refletia discutindo globalização. Há um momento da sua fala que remete diretamente ao âmago das possibilidades da educação no mundo atual: “as faculdades e as casas de ensino abrigam cada vez mais letrados e cada vez menos intelectuais”. Diferença que constitui sua concepção para a identidade do trabalho intelectual, agora que a globalização, contra o primado da produção do espaço visando a preservação da vida e a realização plena da existência humana, é dirigida por uma perspectiva econômica de organização do mercado, através das tecnologias da informação.

Esta é a mobilização proposta por Milton Santos para um público de educadores/as: subverter o que é difundido sistematicamente como tarefa da educação. A instrumentalização do pensamento e das práticas como uma exigência dos atores econômicos e políticos dominantes na direção da atual globalização solicita indivíduos “apenas” letrados, isto é, instruídos, que adquirem conhecimentos e habilidades para realizações que vão tão somente reproduzir o que é estabelecido como norma e padrão. No exemplo que oferece na sua exposição, é quando um aluno de pós-graduação diz assim: “professor, eu não vou ao seu curso, porque o seu curso não interessa à tese que eu estou escrevendo”. Aquele que pretende ser intelectual deve ir além dessa compreensão. A necessária mudança na vida social precisa de “intelectuais”, de visionários (no caso, professores/as), capazes de ultrapassar o repertório comedido de cumprimento do que é recomendado pelos “diretores” da globalização (empresas, instituições, mídias, personalidades etc.). A intelectualização é, assim, um princípio educativo para a formação de indivíduos interessados e em condições de produzir um entendimento transformador do mundo.

Aproximar Paulo Freire e Milton Santos é adentrar também no campo da “sedução”. Isso porque seduzir é uma das ações que fazem parte das tramas que ambos identificaram na atividade política das classes populares. Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, sedução significa também “atributo ou meio capaz de seduzir, de fascinar; aquilo que seduz, atrai, encanta”. Assim, a educação popular deve ser capaz de “puxar para si”, ou não será educação popular. A atração e o encantamento são parte constituinte do ser popular, porque enredam movimentos que despertam intensidades através da proximidade, do contato e do apego, capacidades genuinamente relativas à gente comum. Atribuições que o corpo concentra, nas classes populares, de forma considerável e realmente digno de atenção. Vejamos o seguinte comentário de Paulo Freire: “Vê a intimidade que existe entre (por exemplo) um favelado e os limites de sua alegria. E essas pessoas vão transando com os limites de sua existência e vão aprendendo e vão resistindo e vão realizando um saber corporal” (FREIRE; NOGUEIRA, 2007, p. 24).

Pois bem, diante das dificuldades impostas por uma estrutura social adversa, um “saber corporal” é realizado. Um saber cujo ponto de atenção e contágio (transmissão e reprodução) é a corporeidade – as propriedades pedagógicas do corpo. O grande atrativo desse saber é que ele é aberto às coletividades, não é um saber tímido, intimista ou intimidado. “O corpo age e durante suas atitudes”, diz Paulo Freire (ibidem, p. 35), “ele desaninha de si e de suas relações o conhecimento sobre a vida (...). O corpo expressa suas descobertas, esse corpo se agrupa e se expõe em movimentos sociais”.

Estudando as formas que assumem a globalização atual, Milton Santos também vai reparar na vitalidade do corpo na contemporaneidade. Ele dirá: “a globalização faz também redescobrir a corporeidade” (SANTOS, 1999. p. 251). Explica mostrando a tangibilidade do corpo na era das virtualidades: “O mundo da fluidez, a vertigem da velocidade, a frequência dos deslocamentos e a banalidade do movimento e das alusões a lugares e a coisas distantes, revelam, por contraste, no ser humano, o corpo como certeza materialmente sensível, diante de um universo difícil de apreender”. É, então, observando essa força de atração do corpo que é possível chamar atenção para dois conceitos, respectivamente discutidos por Paulo Freire e Milton Santos, como “artes sedutoras” para uma educação popular, desafio político e social preeminente na sociedade brasileira: diálogo e comunicação[6].

O que é “diálogo” para Paulo Freire? Vamos lembrar uma pequena história que contou em Pedagogia da autonomia. Presente em uma escola que realizava uma exposição de fotografias das redondezas, Paulo Freire ouvia dois professores conversando. Um deles dizia que através daquelas fotografias havia se dado conta que depois de dez anos lecionando naquela escola nada conhecia do lugar, além de algumas ruas próximas. Tocado pelas imagens, perguntou, então: “Como ensinar, como formar sem estar aberto ao entorno geográfico, social, dos educandos?” (FREIRE, 2003 p. 137). A questão construída pelo professor propõe pensar a dimensão pedagógica do diálogo. Diálogo aqui não é tão somente a conversa, mas uma interação que nos aproxima mais intensamente daquele que queremos ensinar e nos deixa aberto para a mudança da nossa própria compreensão do que são esses indivíduos, ao ponto de indagarmos a respeito do nosso próprio trabalho e – quem sabe – da nossa própria existência.

No diálogo está presente a capacidade pedagógica da corporeidade. No episódio narrado por Paulo Freire, a fotografia supriu a ausência de um conhecimento. Mas o professor viu apenas de forma relativa o que precisa conhecer, descoberta que apenas o contato mais decidido pode realizar. Agora será preciso “chegar junto”. Evidentemente, para isso não há roteiro (descrição minuciosa das ações) a ser seguido. Não se trata de uma programação dos corpos para o diálogo. Isso soa falso e é logo percebido pelo/a aluno/a (qual professor/a não sabe disso?). O que também não significa que prescinde de um objetivo combinado na escola. Inclusive, para alcançar um resultado educativo esperado, para toda a comunidade escolar, melhor não se constituir em uma aventura personalizada (individual) do/a professor/a, mas resultado de um programa pedagógico coletivo (de uma multidão de corpos!).

Elemento imanente do diálogo é a fé nos homens. “A fé nos homens”[7], diz Paulo Freire (2006, p. 93), “é um dado a priori do diálogo”. “Fé”, neste caso, é a convicção de que existe nas pessoas a potência (capacidade e poder) do interesse pela existência, pela reflexibilidade sobre a vida e pela atuação na sua transformação. Sem esta admissão, sem esta fé, não haveria porque conceber a existência de alguma dimensão pedagógica significativa no diálogo. Expectativa política na atuação das classes populares que Milton Santos enfatiza como resultado das próprias características da globalização atual, que termina expondo o seu nervo na possibilidade de entendimento da existência a partir da compreensão do mundo[8]. “Nossa grande esperança vem do fato de que a partir deste século é a vida, isto é, a própria existência, que ilumina o futuro” (SANTOS, 2002, p. 118).

Presentificação da vida e projeção solidária do futuro que faz Milton Santos qualificar a comunicação como ação que afiança a participação dos pobres na construção da nação. E que aqui é assumido como um princípio pedagógico para a educação popular. “As relações informacionais podem ser ‘indiferentes’ em relação ao meio ambiente. As relações comunicacionais são um resultante do meio social ambiente” (SANTOS, 2005, p. 161). Analisando a globalização tal como é dirigida por seus atores hegemônicos, visando à organização de um “mercado” propício a interesses predominantemente econômicos, muitas vezes alheios às demandas e necessidades do lugar, Milton Santos identifica nas relações informacionais um autoritarismo amparado na manipulação das técnicas sem apreço pelo social. Por isso são indiferentes ao entorno. As relações comunicacionais nascem, por outro lado, da vivência das pessoas, das dificuldades encontradas e o necessário arranjo da existência em condições adversas. Aqui, a apropriação das técnicas presta-se ao compromisso dos seus usuários, para uma finalística plural, socialmente beneficiada.

Para Milton Santos, portanto, a comunicação, como ação política e cultural, reage aos fundamentos egoístas que sustentam a globalização dirigida pelas elites econômicas e políticas. Globalização que afeta os lugares fragmentando o uso do território de acordo com interesses específicos e excludentes. A comunicação se realiza na propriedade coletiva e partilhada do cotidiano.

O encontro Paulo Freire e Milton Santos é um encontro virtual, imaginado. Nem sequer imagino se algum dia os dois se cruzaram, apesar de pertencerem à mesma geração e se situarem no mesmo horizonte de problematização social com uma significativa convergência. Não creio estar “vendo coisas” quando imagino que são não apenas intelectuais com afinidades, mas que suas respectivas obras possuem inúmeros elementos que podem e devem ser discutidos lado a lado. Com certeza, muitos intelectuais implicados com a educação popular já fazem essa relação nas suas elaborações cotidianas.  Mas trata-se de uma abordagem que precisa de maior sistematização, de estudos de fôlego, para um pensamento teoricamente orientado, que substancie uma concepção de mundo fortalecida pela análise rigorosa, mas politicamente sensível também.

Precisamos procurar nossas explicações em nosso continente, mais do que em outros lugares.    Paulo Freire e Milton Santos deixaram um legado relevante para tal desafio. Suas obras nos esperam no século XXI também.

Referências
CONTINENTE DOCUMENTO. Recife: Companhia Editora de Pernambuco – CEPE, n. 45, maio 2006. (Especial Paulo Freire).
FREIRE, Ana Maria Araújo. A voz da esposa: a trajetória de Paulo Freire. In: GADOTTI, Moacir (org.). Paulo Freire: uma bibliografia. São Paulo: Cortez/Instituto Paulo Freire; Brasília: UNESCO, 2006. p. 27 – 67.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 26ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
______. Pedagogia do oprimido. 44ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
FREIRE, Paulo; NOGUEIRA, Adriano. Que fazer: teoria e prática em educação popular. 9ª Ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
GARCÍA MÁRQUEZ, Gabriel. Eu não vim fazer um discurso. Rio de Janeiro: Record, 2011.
GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da história. 8ª ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 1989.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e corpo. Razão e emoção. 3ª ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
______. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.
______. O novo século das luzes. In: O país distorcido: o Brasil, a globalização e a cidadania. São Paulo: Publifolha, 2002. p. 115 – 119.
______. O professor como intelectual na sociedade contemporânea. Disponível em: http://www.fecap.br/PortalInstitucional/extensao/artigoteca/Art_016.pdf. Acesso em: 28 fev. 2009.
______. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 6ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
______. Território e sociedade: entrevista com Milton Santos. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2000.
______. Testamento intelectual: Milton  Santos entrevistado por Jesus de Paulo Assis, como colaboração de Maria Encarnação Sposito. São Paulo: Editora UNESP, 2004.
SILVA, Etevaldo Luiz. Paulo Freire e Milton Santos. Um encontro em favor da cidadania e da solidariedade. Revista E-Curriculum, São Paulo, v. 3,n. 2, p. 1- 10, jun. 2008. Revista E-Curriculum: www.pucsp.br/ecurriculum




[1] Escrito por Etevaldo Luiz Silva (2008), Paulo Freire e Milton Santos. Um encontro em favor da cidadania e da solidariedade, é uma das poucas produções dialogando com os dois autores disponíveis.
[2] Em uma pesquisa preliminar visando essa aproximação teórica entre os dois autores não foi possível localizar nenhuma citação realizada por eles a respeito da vida ou obra do outro.
[3] Durante o curto período do governo Jânio Quadros, foi também representante do presidente na Bahia.
[4] Todas as informações biográficas de Milton Santos e Paulo Freire foram extraídas de Santos (2001), (2004), A. M. Freire (2006) e Continente Documento (2006).
[5] ENDIPE é um dos mais importantes eventos científicos da área de Educação no Brasil.
[6] Aqui o realizado é apenas uma discussão apenas exploratória dos conceitos de diálogo e comunicação, indicativa das possibilidades de associação dos dois termos, mas cuja extensão teórica exige uma elaboração não pretendida nesta breve apresentação.
[7] “Nos anos 50 e até a publicação, no início dos anos 70, nos Estados Unidos, da Pedagogia do oprimido, Freire não nominava mulheres, entendendo, erroneamente, que, ao dizer homem, incluía a mulher” (FREIRE, A. M. 1996, p. 35).
[8] “Cada coletividade e cada pessoa são testemunhas integrais do presente, ainda que nem sempre possam avaliá-lo. E, paralelamente, cada pessoa (ou grupo) é também um testemunho vivo de um mundo tornado próximo” (SANTOS 2002, 117).

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